Em 2020, a Netflix lançou um documentário inspirado na turnê de lançamento do livro Becoming (ou Minha História), de Michelle Obama. Como grande admiradora dela, assisti atentamente aos 90 minutos repletos de diálogos inspiradores que Michelle compartilhou com jovens nas várias cidades por onde passou. O documentário me impactou profundamente, trazendo reflexões e aprendizados que mudaram a maneira como vejo a mim mesma e minhas realizações.
Aqui estão os três principais aprendizados:
1. Você Define Suas Próprias Métricas de Sucesso
O sucesso deve ser definido por nós mesmos, de acordo com o que valorizamos, e não pelas expectativas impostas pela sociedade. Um exemplo claro: o mercado de trabalho e a sociedade frequentemente nos levam a acreditar que uma carreira bem-sucedida significa alcançar um cargo de gerência. O prestígio de ser um “Head” ou liderar um time é exaltado, mas essa visão serve para todos? Pense em quantos ótimos técnicos foram promovidos a gerentes e, sem preparo ou interesse em gestão, tornaram-se líderes medíocres. É fundamental identificar o que sucesso realmente significa para você. No meu caso, durante um período, sucesso era poder trabalhar de jeans e camiseta, ou ter flexibilidade para jantar com amigos às 20h. Sucesso, para mim, é ter tempo de qualidade para minha vida fora do trabalho. Cada um deve definir suas próprias métricas, garantindo que elas estejam alinhadas com seus valores e não com as expectativas dos outros.
2. Sua História é Sua Força
Esse ensinamento pode parecer simples, mas é fácil subestimar o poder da nossa própria trajetória. No documentário, Michelle compartilha que, por muito tempo, desejou estar à mesa onde as decisões eram tomadas e, ao chegar lá, percebeu que muitos ao redor não eram tão brilhantes quanto ela imaginava. Nós, com frequência, valorizamos excessivamente a trajetória dos outros e esquecemos de reconhecer nossas próprias conquistas. As circunstâncias de vida e os pontos de partida são diferentes para cada um, e comparar-se cegamente com os outros pode ser injusto consigo mesmo. Em vez disso, devemos lembrar que nossa história é valiosa. É importante que nossa comparação seja com nossa própria versão de ontem, do ano passado, de cinco anos atrás.
3. Deixe Seu Trabalho e Caráter Falar por Si
Esse é um ponto difícil. O mundo corporativo nem sempre é justo, e algumas pessoas tentarão subestimar você. No entanto, às vezes, a melhor resposta é o seu próprio trabalho e integridade. Por exemplo, quantas vezes fui dar uma palestra ou liderar uma reunião e percebi a descrença de algumas pessoas ao ver uma mulher preta naquele lugar, falando com autoridade e ensinando sobre estratégias de negócios. Minha posição nesses momentos sempre foi clara: quer ser racista? Seja. Mas você terá que respeitar uma mulher preta brilhando em uma posição relevante em uma empresa que admira. E isso vale para qualquer espaço onde, na visão de alguns, não seria esperado que estivéssemos.
Então, pergunto a você: Quais são as suas métricas de sucesso?